NOTÍCIAS

Estudantes do Setville vivenciam inclusão com jazz na escola

Paula Pessoa


Secretaria de Educação e Cidadania

“A dança é arte na nossa vida.” A frase é dita de forma espontânea e entre vários sorrisos pelas alunas da Emefi Luiza Maria Cavalcanti Guratti, no Setville (região sudeste) que, duas vezes por semana, aprendem e ensaiam passos de jazz durante as oficinas extracurriculares da Educação Integral. 

Após as aulas regulares, as cerca de 30 alunas, com idades entre 6 e 11 anos, tomam lanche, trocam o uniforme escolar por legging, collant, sapatilhas, meias e roupas confortáveis, arrumam os cabelos e a maquiagem e se preparam para a dança começar. 

A atividade tem transformado a rotina dos estudantes para melhor e faz parte da carga horária da Educação Integral na rede de ensino municipal. Ao todo, mais de 1.200 alunos praticam jazz nas escolas da Prefeitura em 44 turmas. 

Arte e inclusão

Mais do que praticar os passos da dança, o grupo de alunos tem vivenciado a inclusão na prática, com coreografias e exercícios que envolvem todas, com sintonia e delicadeza que comovem quem assiste. 

“O jazz representa inclusão e socialização para a minha filha Vitória. Ela é nova na escola, começou na dança há dois meses, logo que soube que tinha essa atividade. Ela gosta de dançar e eu como mãe fico muito feliz ao ver minha filha feliz”, conta Débora Maria Bezerra da Silva, mãe da Vitória Fernanda da Silva, 9 anos, do 4º ano, e da Bruna Caroline da Silva, 12 anos, que está no 7º ano. 

Vitória Fernanda possui má formação congênita dos membros inferiores e anomalia de membros superiores, prioriza a autonomia para realizar ações diárias, convive muito bem com os colegas e professores e é dedicada nos estudos.

“Vitória é simpática, comunicativa e um exemplo para todos nós. Com o jazz, ela socializa, brinca, se diverte, acho que essa é uma atividade completa para os alunos”, completa a mãe orgulhosa.

“A dança faz bem, me sinto alegre e gosto de participar. O professor nos ensina com paciência e junto com minhas amigas penso em coreografias. Gosto da minha escola”, diz Vitória. 

Durante os ensaios, os momentos se dividem entre atenção e descontração, com as músicas animadas ao fundo, e a presença das meninas atentas a cada movimento do professor. 

“A arte dentro do ambiente escolar é importante, traz leveza, sensibilidade para o olhar e a convivência, inclusão social, além de benefícios para a formação dos alunos ao terem contato com diversas manifestações artísticas”, explica Jadras Nascimento Marciano, orientador de dança da FCCR (Fundação Cultural Cassiano Ricardo).

As atividades de contraturno têm parceria com artistas e professores da Fundação Cultural Cassiano Ricardo e acontecem na rede de ensino municipal desde 2022 com 15 modalidades artísticas como jazz, circo, desenho, capoeira, teatro, pintura em tela, musicalização, entre outros.

Alegria e emoção

“Eu adoro, já vi apresentações de jazz e participei também aqui na escola. Dá um nervoso, mas é emocionante ver as pessoas aplaudirem no final”, destacou Sophia Camile Conceição, 10 anos, do 4º ano. 

“Acho incrível. Gosto de participar das aulas com as minhas amigas, fico muito feliz em conhecer mais sobre a dança. A gente alonga o corpo, faz os movimentos, segue as regras, isso tudo é importante”, conta Vitória Gabrielly da Silva de Oliveira, 11 anos, do 5º ano. 

“Eu adoro, tem sido muito legal participar das aulas de jazz desde o ano passado, quero continuar para aprender mais e mais”, destaca Júlia Bernardes de Moraes, 10 anos, do 5º ano. 

Arte, Cultura e Educação

– A Educação Integral na rede municipal oferece: oficinas de tecnologia que envolvem o maker (fazer com as próprias mãos), programação e robótica; Arte e Cultura com ballet, jazz, circo, teatro e outras; além de Esportes no Escola Ativa, com opções como: badminton, vôlei, basquete, futsal, judô, projetos integradores, entre muitas outras.

– Mais de 4.300 estudantes participam das 165 oficinas de Arte e Cultura nas escolas e espaços culturais da cidade. 

– Ao todo, a Educação Integral oferece mais de 14 mil vagas para oficinas no contraturno escolar. 

– São 52 Escolas Municipais de Ensino Fundamental Integral, destas, 12 funcionam como Centros de Educação Integral (CEIs).


MAIS NOTÍCIAS

Secretaria de Educação e Cidadania

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *