Equipes de fiscalização ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) encerram, nesta sexta-feira (20/10), a operação Fatum IV para coibir o transporte, consumo e armazenamento de carvão vegetal ilegal. A ação, que teve início no dia 16/10, realizada nos municípios de Sete Lagoas, Matozinhos e Pedro Leopoldo, na região Central do estado, gerou cerca de R$ 2 milhões em multas.
O coordenador da operação e diretor Regional de Fiscalização da Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram) Central Metropolitana, Bruno Zuffo Janducci, explica que os alvos são empresas siderúrgicas localizadas no polo siderúrgico de Sete Lagoas, bem como veículos estacionados em postos de combustível e ruas próximas a essas empresas. “Foram fiscalizadas oito empresas, dois postos de combustível localizados no município de Sete Lagoas e caminhões estacionados em ruas próximas às siderúrgicas”, relata.
Na operação, foi constatada mistura de essências (nativa e plantada) em 11 cargas que estavam sendo transportadas, ou seja, cargas compostas por mistura de essências nativas e plantadas acobertadas com documentação de plantada. Dados parciais dão conta de que houve apreensão de aproximadamente 710 metros de carvão misto, além 11 caminhões que transportavam carga irregular de carvão. Foram gerados 14 autos de fiscalização e 38 autos de infração.
A Operação Fatum IV (destino, em latim) é a quarta edição realizada neste ano e faz parte do Plano Anual de Fiscalização. “A ação fiscaliza o destino do carvão vegetal ilegal produzido em outras regiões do estado e que são direcionados ao polo siderúrgico de Sete Lagoas”, afirma Bruno Zuffo.
“As operações são fundamentais para que as irregularidades relacionadas à produção, transporte, armazenamento e consumo de carvão vegetal sejam monitoradas em todas as fases da cadeia produtiva, identificando e autuando os responsáveis”, destaca.
“Além disso, entender as relações existentes entre os atores de cada fase da cadeia produtiva, que praticam irregularidades e fomentam a supressão de vegetação nativa para a produção de carvão vegetal, é imprescindível para a definição de estratégias que visam coibir a perda de vegetação nativa no estado”, observa Bruno Zuffo.