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Dança e literatura movimentam Casa da Pólvora neste sábado

A Casa da Pólvora recebe, neste sábado (25), quatro apresentações artísticas envolvendo dança e literatura. As ações culturais fazem parte do edital de ocupação do equipamento realizado pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope). A programação tem início a partir das 16h, com acesso gratuito para o público.

O diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, afirma que esta ação na Casa da Pólvora faz parte de uma estratégia da Funjope e da Prefeitura de João Pessoa de manter o Centro Histórico sempre com atividades artísticas e culturais. Ele lembra que a Fundação tem realizado, em todos os seus equipamentos, como Hotel Globo, Casarão 34, e mesmo nas ruas, como na Praça Rio Branco ou em frente ao Museu de São Francisco, um conjunto grande de atividades culturais.

“Este edital de ocupação da Casa da Pólvora que estamos realizando, mostra a vitalidade e a possibilidade de termos um Centro Histórico com vida, circulando as pessoas, os artistas, o seu público. A arte que apresentamos ali tem muita qualidade em todas as linguagens, literatura, dança, teatro, música. Nós ofertamos à cidade a possibilidade de cultura e entretenimento também no nosso Centro Histórico, acrescenta.

Vão se apresentar neste sábado o Coletivo Jaraguá, com o número ‘Meu quintal de histórias’; Sidney Ruffino, com ‘Vozes ancestrais ou lírico afro ser’; também Ademilton Barros apresenta ‘Memorial da luz do meu erê’; e Andréa Monteiro leva ‘Corpo plural’ para o público.

Dança – Na dança, a performance artística solo em dança tribal fusion ‘Corpo Plural’ trata de identidade, raízes e fusão. A intenção é difundir o conhecimento sobre a dança tribal e propor maneiras de apreciar, estudar e desvendar o corpo dançante, abordando questões sobre a história, o desenvolvimento e o olhar analítico no corpo de quem dança.

Com o memorial Luz do meu erê, o artista Ademilton Barros fala sobre as descobertas ao ser pai. “Com inspiração em risadas que parecem músicas, olhares que parecem estrelas e um amor que parece não ser possível de existir. Não consideramos levar um espetáculo, mas sim a redescoberta do que é nascer, num misto de reconhecimentos corpóreos e de mundo, na busca da memória do menino de outrora no seu aprendizado do viver e, em meio ao trajeto, fazendo aqueles ao seu redor se rever e reconhecer”, resume.

Literatura – Em ‘Vozes ancestrais ou lírico afro ser’, Sidney Ruffino realiza um trabalho no sentido de transmitir ao público temáticas do povo negro em um sentido de fertilidade e crescimento do ser negro no Brasil. Ele busca inspiração no candomblé, através dos cânticos e sons percussivos utilizados no culto aos orixás.

O projeto ‘Meu Quintal de Histórias’, da artista Nara Limeira, vai realizar a contação de histórias com duas narrativas de autores paraibanos: ‘O menino que roubava gaiolas’ e ‘A batalha pelas folhas sagradas’. A indicação das histórias musicadas é para crianças a partir de cinco anos e sem limite de idade.

A artista acredita que a arte de contar história traz em si a possibilidade de a criança imaginar, descobrir mundos, viajar na imaginação e compreender as mudanças do mundo, ao mesmo tempo em que ajuda a atravessar conflitos, enfrentar medos e viver plenamente.

As canções de ‘O menino que roubava gaiolas’ estão no 4º CD da Banda Meu Quintal, da qual Nara também é compositora. O conto de Jairo Cezar mostra o universo exclusão, com cenas de pobreza, fome e abandono. Ao adentrar diferentes camadas de significados, também alerta para os efeitos nocivos da segregação social comprometendo o desenvolvimento saudável e causando sofrimento aos pequeninos. A história também mostra o reconhecimento da importância da leitura como uma chave importante na construção da cidadania.

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