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Tamanduá-bandeira é o novo morador do Parque Zoobotânico Arruda Câmara

A partir desta quinta-feira (16), os visitantes do Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica) já podem conhecer um novo integrante do zoológico que promete encantar a todos: um tamanduá-bandeira, que chama bastante atenção de todos pela sua beleza. O animal, que foi trazido de Minas Gerais pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), passou por um processo cuidadoso de adaptação, conduzido pela equipe técnica do zoológico, incluindo ajustes nutricionais, ambientação e climatização. Agora, ele ficará acomodado em um recinto recém-construído, localizado próximo à Vila dos Pequenos Mamíferos.

O secretário de Meio Ambiente da Capital, Welison Silveira, destaca os cuidados para receber o novo morador do zoológico na Bica. “Nós temos um tamanduá-bandeira, que tem umas limitações de retornar à natureza e, por isso, ele permanece sob os cuidados dos veterinários e de toda equipe. O ambiente é bem trabalhado, bem cuidado, assim como todos os outros, então, é mais um atrativo para os visitantes conhecerem um pouco dos hábitos desse animal. A gente sempre tem esse cuidado com o bem-estar animal, cuidado com quem nos visita e também com o parque”, afirmou.

O novo espaço foi desenvolvido com recursos próprios e projetado para atender as necessidades fisiológicas do tamanduá-bandeira. “Estamos no período de férias escolares e os visitantes do Parque Arruda Câmara vão poder visitar um animal bonito, majestoso e que representa mais uma das funções do zoológico, que é a conservação de espécies ameaçadas de extinção”, destacou Thiago Nery, chefe do setor de zoológico.

O tamanduá-bandeira é uma espécie ameaçada devido à destruição de seu bioma. Esses animais possuem hábitos alimentares peculiares e necessitam consumir cerca de 4 mil cupins ou formigas por dia. Com um focinho longo e uma língua ainda maior e coberta de saliva adesiva, ele captura suas presas diretamente dos cupinzeiros. No zoológico, porém, sua alimentação é adaptada com uma ração especial que atende todas as suas necessidades nutricionais.

“O Parque Arruda Câmara reafirma seu compromisso com a conservação, educação ambiental e pesquisa, abrigando animais que não podem retornar à natureza devido a mutilações, tráfico, comportamentos alterados ou restrições sensoriais. Visitar o parque é mais do que um passeio: é uma oportunidade de conhecer a importância desses animais e o trabalho por trás de sua preservação”, destacou a diretora da Bica, Millenna Simões.

Novos animais – Além do tamanduá-bandeira, outros novos moradores chegaram ao Parque Arruda Câmara recentemente. Entre eles, estão os emus, aves exóticas originárias da Austrália, que também ganharam um espaço exclusivo, e os pequenos gekos, lagartos que agora habitam a Casa dos Répteis junto às serpentes.

Outro destaque é a jovem anta que veio de Roraima, sobrevivente de queimadas. Esse animal recebeu cuidados especiais, incluindo a primeira tomografia computadorizada realizada em sua espécie no Brasil.

“Isso mostra o quanto a equipe é dedicada e tenta achar a melhor solução e o melhor tratamento para esses animais, que precisam de cuidados especiais. Então, aproveitar para agradecer as parcerias que mantemos, com a Universidade Federal da Paraíba, a Uniesp, a Uni Diagnóstico, que faz toda a parte de diagnóstico por imagem, com a Interfisio, que faz a parte de terapias complementares, a equipe técnica de veterinários composta por Jefferson Cordeiro. São muitas pessoas que se reúnem para dar o melhor para esses animais”, complementou Thiago Nery.