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No coração do Hospital Regional, o amor de mãe é ponte para a superação e estímulo para conquistas

Phạm Trần Hoàn Thịnh via Unsplash

Phạm Trần Hoàn Thịnh via Unsplash

Em cada corredor do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), pulsa mais do que atendimento e tecnologia: pulsa amor — especialmente o amor de mãe. Nesta semana em que é comemorado o Dia das Mães, o HRMS homenageia mulheres cuja dedicação e estímulo ultrapassam os limites da maternidade tradicional e se tornam parte essencial na vida de seus filhos.

Uma dessas histórias é a da servidora Iracema Martins Correa Pistorio, 60 anos, e do servidor Domingos Sávio Correa Pistorio, 43 anos. Iracema se tornou mãe aos 17 anos e, hoje, trabalha com o filho no hospital, preparando o caminho para mais um membro da família no HRMS: o neto, que está concluindo a faculdade de Enfermagem.

Iracema entrou no HRMS há 21 anos, após passar em um concurso público. Quando se inscreveu no processo seletivo, o objetivo era um só: incentivar o filho mais velho a estudar e fazer a prova. “Não tinha a intenção de trabalhar no hospital. Naquela época, trabalhava em uma creche e gostava muito. Fiz o concurso para incentivá-lo”, relembra a mãe.

O estímulo deu certo! Mãe e filho foram aprovados no concurso. Domingos Sávio conta que tinha a intenção de ir embora para Porto Velho (RO), mas decidiu seguir o conselho da mãe, também para ficar mais perto da família. A primeira passagem de Domingos pelo HRMS durou quase oito anos, até que ele decidiu pedir demissão para ajudar o irmão a cuidar de um negócio da família, após o pai infartar.

Mas, ouvindo o conselho da mãe e da esposa — que também trabalha no hospital —, Domingos Sávio voltou ao HRMS durante a pandemia como contratado, até que, em 2024, com a abertura de um novo concurso público, decidiu participar novamente do processo seletivo e, mais uma vez, foi aprovado. Hoje, ele trabalha no setor de Compras do hospital, enquanto a mãe atua no SAME (Serviço de Arquivamento Médico), atendendo pacientes que procuram por exames ou prontuários, por exemplo.

“É bom saber que uma parte da família está perto. Para eles, é bom também saber que estamos aqui”, resume Domingos sobre a experiência de trabalhar próximo da mãe e da esposa.

Para Iracema, a chegada do Dia das Mães é motivo de comemoração. “É muito bom poder comemorar mais um Dia das Mães. Adoro comemoração, mas o Dia das Mães é mais especial ainda”, garante.

Uma jornada de dedicação

Dos cinco dias úteis da semana, em quatro deles, Guaracyara Nascimento dos Santos, 32 anos, e a pequena Eloah Vitória, de um ano, saem de Aquidauana, a 144 km de Campo Grande, rumo ao HRMS. Às segundas, terças, quintas e sextas, são quase 300 quilômetros diários em busca de um tratamento iniciado logo após Eloah ter alta. Por semana, são mais de mil quilômetros percorridos em busca de um sonho: que a pequena Eloah ande e continue se desenvolvendo bem.

Eloah nasceu prematura e, após o nascimento, ficou 30 dias internada no hospital. A alta foi o começo da segunda jornada da pequena e também da mãe, que havia sido diagnosticada com trombofilia e, por isso, já fazia o pré-natal no HRMS, que é referência no atendimento de gestantes de alto risco. Guaracyara, mais conhecida como Guará, também é mãe de Luis Otávio, 9 anos, e Liz Helena, 5 anos.

“Quando saímos daqui, fomos embora com todos os encaminhamentos para voltar e fazer o acompanhamento necessário: fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, gastroenterologista pediátrico e pediatra. Tem dia que saímos de casa de madrugada, tem dia que ficamos o dia inteiro aqui… Só o amor de mãe é capaz de fazer uma pessoa viver pela outra. Eu ando, tenho autonomia, mas, se eu não lutar por ela, pode não andar”, conta a mãe sobre a jornada de dedicação em prol da filha.

Graças ao acompanhamento da equipe multidisciplinar e ao compromisso da mãe e de toda a família com o tratamento da pequena Eloah, aos nove meses chegou-se a um diagnóstico: ela tem paralisia cerebral. “Isso só mostra a importância dessa porta aberta que nós tivemos aqui. Se minha filha não tivesse todo o acompanhamento necessário, ela não ficaria em pé hoje. Talvez, agora é que estaríamos iniciando um tratamento. Ver a minha filha ficando em pé hoje é a recompensa de todo o meu trabalho, e tenho um sentimento de gratidão por isso”, destaca Guará.

Quando chega em casa, depois de um dia cheio de consultas e viagens, Guará vai se dedicar aos dois filhos e ao esposo. “Graças a Deus, tenho uma rede de apoio e um marido que me apoia em tudo, mas também quero me dedicar a eles e deixar tudo pronto para o dia seguinte. Hoje em dia, somos só felicidade e vamos ver a Eloah andar”, garante.

Patrícia Belarmino, Comunicação Funsau/HRMS

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