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Agência Minas Gerais | Minas Gerais inicia mapeamento da cadeia da olivicultura com criação de câmara técnica

Phạm Trần Hoàn Thịnh via Unsplash

Phạm Trần Hoàn Thịnh via Unsplash

Para entender o perfil do setor de olivicultura, a Câmara Técnica Setorial de Olivicultura, instituída no final de 2024, pelo Governo de Minas Gerais, deu início a um trabalho de diagnóstico da atividade no estado. O questionário disponível para preenchimento online neste link, baseia-se em um modelo já aplicado a produtores de cachaça.

As informações captadas vão auxiliar a equipe de trabalho composta por representantes de 16 instituições, públicas e da sociedade civil, a propor políticas públicas voltadas ao desenvolvimento do setor.

“A câmara técnica é uma oportunidade para aproximarmos a cadeia produtiva do Governo do Estado na busca por ações mais assertivas”, destaca o coordenador do Programa de Pesquisa em Olivicultura da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Pedro Moura.

A coordenação da câmara é da Associação de Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive), representada pelo presidente Moacir Batista do Nascimento Filho. “Não temos dados consolidados dos olivicultores, da área plantada em Minas Gerais ou no Sudeste do Brasil, temos projeções, 150 produtores no estado e 200 na região. A câmara vem para unir a cadeia e oficializar esses dados”, aposta Moacir.

Para a relatora da câmara técnica e servidora do Instituto Mineiro de Agropecuária (Ima), Paula Braga, o mapeamento é a primeira ação concreta do grupo. “Nos últimos quatro meses, trabalhamos na elaboração deste questionário, que foi lançado no início do mês, durante a Festa do Azeite Novo, em Maria da Fé”.

Paula enfatiza que a câmara técnica tem o intuito de fortalecer a olivicultura no estado. “O principal objetivo é reunir entidades que possam apoiar o setor em assuntos como pesquisas, questões tributárias, dentre outras demandas”.

Instituições

Compõem a Câmara Técnica de Olivicultura, além de Epamig, Ima e Assoolive, as secretarias Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), de Desenvolvimento Econômico (Sede), de Cultura e Turismo (Secult), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Fórum das Instituições Públicas de Ensino Superior de Minas Gerais, a Superintendência Federal de Agricultura, a Superintendência Federal de Agricultura, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), o Sebrae-MG, a Sociedade Mineira de Engenheiros Florestais e a de Engenheiros Agrônomos e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG).

Os pesquisadores Luiz Fernando de Oliveira (titular) e Pedro Moura (suplente) são os representantes da Epamig.

Perspectivas

Em 2025, a produção de azeitona e azeites na Serra da Mantiqueira foi menor que no ano anterior, em função de questões climáticas e de uma já identificada bienalidade.

Para 2026, a perspectiva é de melhora na safra. “Considerando o fator bienalidade e a expectativa de maior quantidade de horas de frio este ano, esperamos que 2026 seja um ano de safra alta”, diz o pesquisador.

O presidente da Assoolive compartilha dessa opinião. “Devemos ter um clima mais regular em 2025, com temperaturas que vão favorecer a floração dos olivais, com perspectivas de mais frutos e mais azeites em 2026”, projeta Moacir que complementa: “As adversidades não afetaram a qualidade dos nossos azeites, que é extremamente elevada”, finaliza. 

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