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Cortejo, homenagens e sinfonia latino-americana marcam abertura emocionante do Festival América do Sul

Phạm Trần Hoàn Thịnh via Unsplash

Phạm Trần Hoàn Thịnh via Unsplash

Festival celebra diversidade com desfile das escolas de samba, flash mob, tributos a grandes nomes da cultura local e a união musical dos 13 países sul-americanos

A abertura da 18ª edição do Festival América do Sul transformou a noite de quinta-feira (15) em Corumbá num espetáculo de integração, arte e emoção.

Com o Porto Geral como cenário e o Rio Paraguai como testemunha, o evento começou em grande estilo com o cortejo vibrante da Liga Independente das Escolas de Samba de Corumbá (Liesco), que desceu a ladeira Cunha e Cruz trazendo o batuque, as cores e a ancestralidade que fazem pulsar a alma da cidade.

Logo na sequência, um flash mob surpresa misturou dança, música e interação, arrancando aplausos do público presente. Em seguida, o palco foi tomado por homenagens que conectaram passado, presente e futuro da cultura sul-mato-grossense, celebrando a identidade de um povo que faz da arte seu modo de expressão.

“É isso que o Festival representa: um encontro de vozes, ritmos e histórias que compõem a grande sinfonia cultural da América do Sul”, afirmou o presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Eduardo Mendes.

“Começamos com a força das escolas de samba, homenageamos artistas que marcaram nossa história e entregamos prêmios a jovens que já mostram seu talento e sensibilidade. É o Governo do Estado, junto com a Prefeitura de Corumbá e tantos parceiros, fazendo da cultura um instrumento de pertencimento e transformação.”, ressaltou ele.

Estiveram presentes na cerimônia de abertura o ex-governador Reinaldo Azambuja, o prefeito de Corumbá Dr. Gabriel Alves, o presidente da Câmara Bira, os deputados estaduais Paulo Duarte, Júnior Mochi e Zeca do PT, os deputados federais Dagoberto Nogueira e Beto Pereira, além de autoridades civis e militares que prestigiaram a noite.

Entre os momentos mais emocionantes, destaque para a entrega dos prêmios do concurso Soy Loco por ti América, voltado a estudantes da fronteira, que neste ano homenageou os 250 anos do Forte Coimbra. Crianças e adolescentes subiram ao palco para receber seus troféus, aplaudidos por um público tocado pela força da juventude que valoriza o patrimônio histórico e cultural.

Na sequência, a memória do compositor corumbaense Francisco Ignácio da Silva Neto, o “Tim”, foi celebrada com uma homenagem especial.

Considerado o primeiro sul-mato-grossense a ter uma música gravada em disco, autor de “Silêncio Noturno” e coautor de “Cantiga de Amor à Corumbá”, Tim teve sua trajetória reconhecida em uma cerimônia comovente.

A neta, visivelmente emocionada, agradeceu. “Nossa, muito obrigada. Foi lindo. Me emocionei muito. Ele me faz muita falta. Sou grata pelo que vocês fizeram”.

O encerramento da cerimônia ficou por conta da Orquestra América do Sul, uma ousada e emocionante iniciativa que reúne músicos dos 13 países sul-americanos num único palco. Sob regência do maestro Eduardo Martinelli, a apresentação simbolizou o espírito do Festival: integração, diversidade e comunhão cultural.

“A cultura sul-americana tem cor, tem ritmo, tem alma — e ela pulsa aqui, neste Festival. Essa é uma política pública que entrega muito mais que entretenimento: entrega identidade, autoestima e pertencimento. É o Governo do Estado fazendo cultura com responsabilidade e com o coração”, afirmou o secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, que também representou o governador Eduardo Riedel durante a cerimônia.

A noite terminou com shows no Palco das Américas, com o talento de Matú Miranda ao lado do consagrado Bebê Kramer, e o carisma da dupla Duduca & Dalvan. E foi só o começo: até domingo, Corumbá será palco de 96 atrações gratuitas, espalhadas por espaços históricos e culturais da cidade.

O Festival América do Sul 2025 é uma realização do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da SETESC e da Fundação de Cultura, com apoio da Prefeitura Municipal de Corumbá e participação de artistas e autoridades que acreditam na potência transformadora da arte.

Karina Vilas Boas, Ascom FAS 2025
Fotos: Ricardo Gomes/Ascom FAS 2025

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