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Prefeitura reforça apoio a iniciativas que fortalecem agricultura familiar e cultura quilombola – CGNotícias

Phạm Trần Hoàn Thịnh via Unsplash

Phạm Trần Hoàn Thịnh via Unsplash

A Comunidade Quilombola Chácara Buriti, no distrito de Anhanduí, inaugurou neste sábado (23) a Panificadora Comunitária Vó Arlinda. O projeto, que reúne 12 mulheres da comunidade, representa um avanço na geração de renda, no fortalecimento da agricultura familiar e na valorização da cultura quilombola, contando com apoio da Prefeitura de Campo Grande.

Presente na inauguração, a prefeita Adriane Lopes destacou a relevância da iniciativa para a inclusão produtiva e o desenvolvimento das comunidades tradicionais do município.

“Esse é um sonho construído junto com as mulheres da comunidade. Elas transformam o que já faziam em casa em oportunidade de renda e desenvolvimento para suas famílias. A Panificadora Vó Arlinda é também um símbolo da força das mulheres quilombolas e da importância de apoiar quem empreende no campo”, afirmou.

Com estrutura moderna viabilizada por edital da Fundação Banco do Brasil, a panificadora terá capacidade inicial para produzir cerca de 500 pães por dia, preparados com ingredientes da própria agricultura familiar, como abóbora, batata-doce e couve. A expectativa é atender o comércio local, mercados parceiros e destinar parte da produção a famílias em situação de vulnerabilidade da comunidade.

Para Elisisa Teodolina da Silva, moradora do quilombo desde que nasceu, a nova estrutura representa oportunidade e dignidade. “Fizemos pão em casa durante anos, mas nunca imaginamos ter um espaço como esse. Agora podemos gerar renda sem sair da comunidade e mostrar o valor do nosso trabalho”, disse.

Já a presidente da Associação Buriti, Lucineia de Jesus Domingos Gabilão, ressaltou a transformação social que a panificadora traz.“Elas já faziam pães com perfeição. Agora podem trabalhar perto de casa, ajudar no sustento da família e ainda cuidar dos filhos. É empoderamento, é protagonismo feminino acontecendo na prática”, reforçou.

Além da venda, parte da produção também será destinada a famílias em situação de vulnerabilidade da própria comunidade, conforme explicou Paulo, outro representante da associação. “Temos um olhar social. Vamos garantir que todos, especialmente os mais vulneráveis, tenham acesso ao pão que é produzido aqui”, complementa.

A homenagem a Vó Arlinda, matriarca que transmitiu receitas e valores de união, dá nome à panificadora e simboliza a continuidade de um legado que alia culinária, tradição e coletividade. A Prefeitura segue ao lado das famílias quilombolas, incentivando projetos que geram renda, fortalecem a cultura e ampliam oportunidades.

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