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os bastidores da transformação da GCM em seus 35 anos – CGNotícias

Phạm Trần Hoàn Thịnh via Unsplash

Phạm Trần Hoàn Thịnh via Unsplash

Na Região Urbana do Bandeira, um grupo de guardas encara uma das etapas mais desafiadoras de sua formação: resistir ao desgaste físico e psicológico imposto pelos testes aquáticos dentro da Lagoa Itatiaia. Entre eles, estão os 12 servidores que se tornariam os primeiros a integrar o Grupamento Especializado de Motopatrulhamento (GEMOP), unidade tática sobre duas rodas da Guarda Civil Metropolitana (GCM).

A disciplina é rígida: a média mínima para aprovação é 7, numa escala de 0 a 10. Quem não alcança esse patamar é desligado. “Só permanece quem realmente tem perfil para atuar nesse tipo de serviço. As etapas iniciais são desafiadoras, exigem resistência, disciplina e foco absoluto”, conta o inspetor Viana, gerente de ensino da GCM.

Essa é apenas uma cena de um processo que simboliza a nova fase da Guarda Civil Metropolitana, que completa 35 anos em 2025. A instituição vive seu maior momento de modernização, com investimentos em viaturas, equipamentos, tecnologia e, sobretudo, na formação dos seus profissionais.

No passado, a realidade era outra. “Nossa Guarda só recebia doações de outras forças de segurança. Hoje, está equipada, valorizada e pronta para atender a população”, lembra a prefeita Adriane Lopes.

Esse passo histórico é visível não apenas nas ruas da Capital, onde circulam novas viaturas com identidade visual renovada, mas principalmente na postura dos agentes. “Antes, servidores atuavam sem preparo adequado, o que colocava em risco até mesmo sua própria integridade. Hoje, temos profissionais capacitados, atualizados e preparados para atender desde manifestações até situações emergenciais”, afirma o secretário Especial de Segurança e Defesa Social, Anderson Gonzaga.

Para vestir a farda da GCM, o caminho é longo. São cerca de 900 horas de capacitação ao longo de cinco a seis meses. Durante esse período, os futuros guardas passam por treinamentos intensos com instituições como a OAB-MS, o Ministério Público, a Polícia Civil e a Polícia Federal.

As disciplinas vão além do uso da força: envolvem direitos humanos, mediação de conflitos, técnicas de abordagem e atendimento ao público. Antes de chegar à sala de aula, o candidato encara exames toxicológicos, avaliações psicológicas e investigação social criteriosa. E mesmo depois de formados, os guardas seguem em constante atualização, em cursos que os preparam para os novos desafios da cidade.

Essa aposta na formação rendeu resultados concretos. A Patrulha Maria da Penha, criada para proteger mulheres vítimas de violência doméstica, foi reconhecida em Brasília com o 3º lugar no Prêmio Juíza Viviane Vieira do Amaral, concedido pelo Conselho Nacional de Justiça. O mérito veio justamente pelo atendimento humanizado, ágil e eficaz, reflexo direto da especialização dos inspetores.

Hoje, a GCM reúne 1.280 servidores que, além da patrulha preventiva, mantêm um vínculo próximo da comunidade. Estão nas escolas, nas praças, nos grandes eventos e também nos momentos de maior vulnerabilidade. Muitas vezes, são os primeiros a chegar quando alguém precisa de ajuda.

Esse elo se fortalece em operações como a Campo Grande Mais Segura, que percorre as sete regiões urbanas com a Base Móvel, um ônibus operacional, além de viaturas, motocicletas e equipes especializadas. Entre elas, a Patrulha Ambiental, a equipe de Trânsito e a própria Patrulha Maria da Penha.

O 35º aniversário da GCM não marca apenas a maturidade da instituição, mas também o início de um novo ciclo. São R$ 6,7 milhões em investimentos que incluem viaturas, armamentos, fardamento, coletes balísticos e sistemas digitais como o SICOP, inédito no Brasil, e o Sinesp CAD 3.0, que modernizam a gestão de ocorrências e integram Campo Grande às plataformas nacionais de segurança pública.

A cada formatura, a cada curso concluído, a cidade ganha inspetores mais técnicos, mais ágeis e mais próximos da população. “Modernizar é importante. Mas valorizar os profissionais, dar a eles conhecimento e condições de atuar, é o que realmente transforma a segurança da cidade”, conclui a prefeita Adriane Lopes.

#ParaTodosVerem

A reportagem contém seis fotos: a de capa, são com agentes em momento de formatura; a segunda é do grupo inspetores em momento de teste na Lagoa Itatiaia; a terceira são agentes e momento de capacitação teórica; a quarta imagem é da equipe da Maria da Penha; a quinta imagem é de uma viatura da GCM em ronda no entorno de uma unidade escolar e a sexta é da prefeita Adriane Lopes, juntamente com o secretário da Sesdes, Anderson Gonzaga em momento de entrega de certificados com os agentes.

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