Por MRNews
Adolescente de 14 anos e idoso de 83 estão entre as vítimas após tornado no Paraná
A cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no interior do Paraná, viveu um de seus momentos mais trágicos após a passagem de um tornado de alta intensidade que deixou mortes, feridos e destruição. O fenômeno climático, registrado no dia 7 de outubro, surpreendeu moradores e autoridades pela violência dos ventos, que destruíram casas, derrubaram árvores e arrastaram veículos.
De acordo com informações da Defesa Civil, ao menos seis pessoas morreram. Entre as vítimas, estava uma adolescente de 14 anos, fato que comoveu profundamente a comunidade local, e um idoso de 83 anos, que não resistiu aos ferimentos. A tragédia reforça o impacto emocional deixado pelo desastre, já que o perfil das vítimas representa duas gerações que fazem parte da base familiar da região.
Cenário de devastação
As imagens captadas após o tornado mostram casas completamente destelhadas, estruturas metálicas retorcidas e árvores arrancadas pela raiz. Muitos moradores perderam não apenas seus lares, mas também móveis, documentos, roupas e objetos pessoais.
Segundo o boletim oficial, 125 pessoas ficaram feridas, sendo 30 em estado moderado a grave. Postos de saúde e hospitais da região ficaram sobrecarregados, exigindo o reforço de equipes médicas de cidades vizinhas.
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Mobilização imediata
Equipes do Corpo de Bombeiros, Samu, Prefeitura e Defesa Civil foram acionadas para resgates, atendimento emergencial, abrigo de desabrigados e distribuição de suprimentos. Famílias afetadas foram levadas para escolas e centros comunitários, que serviram como alojamento provisório.
A tragédia também motivou campanhas de doação, mobilizando moradores de todo o estado. Alimentos não perecíveis, roupas, colchões e água potável passaram a ser os itens mais solicitados.
O fenômeno
Meteorologistas classificaram o tornado inicialmente como F-2, que corresponde a ventos entre 180 km/h e 250 km/h. No entanto, há indícios de que, em algumas áreas, a velocidade pode ter sido ainda maior, o que aumenta a possibilidade de ele ser reclassificado para F-3, considerado de intensidade severa.
Tornados dessa força são raros no Brasil, mas podem ocorrer em determinadas condições de instabilidade atmosférica e encontro de massas de ar quente e frio.
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Solidariedade e reconstrução
A reconstrução da cidade deve levar tempo. Muitas famílias perderam tudo e dependem, agora, de apoio governamental e comunitário. O clima é de luto, preocupação, mas também união. Mesmo em meio à dor, moradores têm se apoiado uns nos outros.
A prioridade é garantir abrigo, alimentação e atendimento médico às vítimas, além de iniciar o planejamento para reconstruir estruturas danificadas.
‘Sem precedentes’: Tornado que devastou cidade no Paraná teve ventos acima de 250 km/h, afirma Ratinho Jr.
O tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu, no interior do Paraná, foi classificado como um dos mais fortes já registrados no estado. Segundo o governador Ratinho Jr., os ventos ultrapassaram 250 km/h, atingindo intensidade equivalente ao nível F3 na escala Fujita, categoria considerada de risco severo.
A tempestade extrema deixou um rastro de destruição que afetou profundamente a cidade. A Defesa Civil estima que cerca de 10 mil moradores tenham sido impactados direta ou indiretamente. Casas, comércios e estruturas metálicas foram derrubadas com facilidade, e veículos chegaram a ser arrastados ou tombados pela força da ventania.
Cenário de destruição
Vídeos e imagens feitos por moradores mostram casas desmoronadas, árvores arrancadas pela raiz e silos metálicos gigantes retorcidos. Postos de combustível e galpões comerciais também foram levados ao chão em questão de segundos.
“Nos últimos 30 ou 40 anos, não se tinha registro de um tornado com essa potência no Paraná. Foi uma catástrofe sem precedentes”, declarou Ratinho Jr.
Meteorologistas do Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental) continuam analisando dados de radar e imagens de satélite. O fenômeno, inicialmente classificado como F2, apresentou características compatíveis com F3, quando os ventos superam a marca de 253 km/h.
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Mortes e feridos
O boletim mais recente aponta:
- 5 mortes confirmadas, incluindo uma adolescente de 14 anos;
- 2 pessoas continuam desaparecidas;
- 432 pessoas procuraram atendimento médico;
- 9 feridos estão em estado grave, alguns passando por cirurgia.
Equipes de socorro, assistência social e reconstrução foram mobilizadas para a região.
Risco de novos eventos
Meteorologistas alertam que a combinação de calor intenso e linhas de instabilidade, comuns na primavera, pode favorecer tempestades severas nos próximos dias.
Cidades da região estão em estado de atenção.
Reconstrução deve ser longa
Segundo o governo estadual, será montada uma força-tarefa para reconstruir a infraestrutura da cidade, garantir abrigo às famílias desabrigadas e restabelecer serviços públicos essenciais.
“Agora é hora de dar suporte às famílias, salvar vidas e reconstruir”, afirmou o governador.
A decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos – PB), de indicar o deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP) para a relatoria do projeto de lei Antifacção foi criticada pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
“A opção pelo Secretário de Segurança do governador Tarcísio de Freitas contamina o debate com os objetivos eleitoreiros de seu campo político”, escreveu a ministra em postagem no X.
Ela frisou, na mensagem, que a indicação da relatoria é uma prerrogativa do presidente da Câmara. O projeto é de autoria do Executivo e foi encaminhado ao Congresso na sexta-feira passada (31).
Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que a proposta é uma prioridade do governo ao trazer mais força ao Estado para reprimir as organizações criminosas que exercem controle de territórios e atividades econômicas.
>> Confira os principais pontos do projeto
“Seguirá trabalhando”
“O governo do presidente Lula enviou ao Legislativo o Projeto de Lei Antifacção Criminosa na expectativa de um debate consequente sobre o combate ao crime organizado, como exige a sociedade brasileira”, apontou Gleisi.
Ao fim da mensagem, a ministra ponderou que o governo seguirá trabalhando no Congresso “para que prevaleça o interesse público e seja resguardada a soberania nacional”.
Segundo o projeto, os condenados pelo crime de “organização criminosa qualificada”, que passaria a ser um novo tipo penal, poderão receber a pena de 30 anos de prisão.
“Diálogo entre bancadas”
O deputado Guilherme Derrite ocupava até quarta-feira (5) o cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo. Ele reassumiu o mandato parlamentar para relatar o texto no plenário.
Segundo Motta, a escolha do parlamentar da oposição para relatar um projeto do governo busca garantir uma tramitação técnica e ampla, com diálogo entre bancadas.


