A manhã desta quarta-feira (12) foi marcada por emoção e aprendizado no Centro Municipal de Inclusão, vinculado à Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania (Sedhuc) da Prefeitura de João Pessoa. O espaço, localizado no bairro Pedro Gondim, recebeu a aula inaugural do projeto Jiu-Jitsu Inclusivo e Terapêutico, que reuniu 60 crianças e adolescentes atendidos pelo Centro.
O secretário de Direitos Humanos e Cidadania, Diego Tavares, participou do momento e destacou a importância da iniciativa para o fortalecimento das políticas de inclusão na Capital. “Estamos implementando mais esse serviço, permitindo que as crianças com autismo, ou mesmo qualquer deficiência intelectual e motora que são assistidas pelo nosso Centro de Inclusão, possam ter acesso a essa modalidade esportiva, que integra, desenvolve e ajuda na sua defesa pessoal, promovendo socialização e inclusão”, ressaltou.
A proposta das aulas vai além do esporte. O Jiu-Jitsu Inclusivo e Terapêutico combina o aprendizado da defesa pessoal com o acompanhamento da terapia Análise do Comportamento Aplicada (ABA), metodologia reconhecida por contribuir no desenvolvimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). As aulas são ministradas pelo professor Alisson Alves, com acompanhamento da terapeuta Raquel Silveira, e acontecerão semanalmente.
O Centro Municipal de Inclusão integra a Rede Municipal de Cuidado e Proteção Social de João Pessoa e oferece atendimento especializado a cerca de 600 crianças e adolescentes com deficiência intelectual e física, funcionando de segunda a sexta-feira, nos turnos da manhã e tarde. Entre os serviços oferecidos estão fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia, fisioterapia, psiquiatria, arteterapia, educação física adaptada, musicoterapia, assistência social, neuropediatria e ortopedia.
De acordo com a coordenadora do Centro, Juliana Teixeira, o espaço vai muito além dos atendimentos às crianças e adolescentes com deficiência intelectual ou física, mas congrega uma estratégia que envolve também às famílias. “Esse é um espaço de cuidado e atenção que busca desenvolver habilidades e integrar, com participação ativa das famílias”, registrou.
Como ter acesso ao serviço – O atendimento aos novos usuários acontece mediante triagem, realizada para definir o tipo de acompanhamento mais adequado. “Temos dois tipos de triagem: uma quando a criança já possui o laudo e passa por toda a equipe multidisciplinar, e outra quando é necessário obtê-lo, com avaliação de profissionais como psiquiatra, neuropediatra, assistente social, psicólogo ou ortopedista. Só depois definimos como o serviço pode atender às necessidades de cada criança”, explicou.
Para participar da triagem, é necessário apresentar cópias dos documentos do usuário e do responsável (RG, CPF e certidão de nascimento), além do laudo médico atualizado, se houver, Cartão do SUS, número do NIS, foto 3×4, comprovante de residência e encaminhamento escolar.
Localização – O Centro de Referência Municipal de Inclusão fica localizado na rua Coronel Otto feio da Silveira, nº 161, no bairro Pedro Gondim. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. Para mais informações, o telefone é telefone 3213-7741.

