Professor do curso de Medicina da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, Antonio José Grande foi listado em ranking internacional, como um dos pesquisadores mais influentes do mundo, com produção de impacto científico em sua área de atuação.
O dr. Antonio Grande é professor efetivo e teve seu nome veiculado em publicação da plataforma internacional Home – PLOS, elaborada em parceria com o pesquisador John Ioannidis, da Universidade de Stanford (EUA), e a Elsevier, editora científica de maior relevância mundial. A publicação lança um olhar positivo sobre a produção científica no Brasil, que aparece em 25° lugar entre 166 países cadastrados na base de dados da Elsevier. Os dados apontam que o País quadruplicou o quantitativo de pesquisadores neste renomado ranking.
O docente da UEMS/Campo Grande integra o seleto grupo de 1.294 cientistas listados na publicação, os quais integram um grupo maior de 100 mil pesquisadores internacionais mais influentes em todo o mundo – o balanço analítico dos dados tem como referência o ano de 2022.
“Os parâmetros considerados para esta avaliação são o número total de citações (com exceção de autocitações), o índice H (que quantifica a produtividade e o impacto dos artigos) e o número de citações em trabalhos, seja aqueles em que o pesquisador é autor único, o primeiro ou o último autor”, explicou o professor, que se define como um jovem pesquisador com dez anos de defesa do doutorado.
“Trabalho na área de saúde baseada em evidências, sendo esta uma área do conhecimento que busca com que o conhecimento científico melhore a tomada de decisão clínica por meio do uso da melhor evidência disponível na literatura. Dentro da complexidade de ações na tomada de decisão em saúde não podemos deixar de fora a experiência do profissional, o contexto da prática e os valores e crenças pessoais”, disse o pesquisador ranqueado como um dos mais influentes do mundo.
Investir em ciência
O pesquisador relata a importância do aumento e fomento de pesquisa, além da importância do conhecimento para o desenvolvimento do País. Ele também menciona que as estratégias de bolsa de estudo no Brasil passaram a ser valorizadas este ano e são investimentos que não devem parar. “Eu fui bolsista de extensão na graduação em universidade pública, bolsista de doutorado e bolsista de pós-doutorado em Saúde Pública na Universidade de Oxford na Inglaterra, em 2014-2015”.
“Na ciência trabalhamos sempre em rede, em grupos de pesquisa com o objetivo maior de melhorar a saúde e qualidade de vida da população. Se meu nome está nesta lista é a conquista de um grupo de mais de 40 pessoas que trabalham e se dedicam com muito amor ao próximo, pois não produzimos ciência para nós mesmos. O grupo de pesquisa é composto de alunos de iniciação científica, mestrandos, doutorandos, pesquisadores e professores do Brasil e do exterior”, disse o pesquisador.
Para ele, os últimos editais da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) contribuíram para que o trabalho dos pesquisadores seja financiado. Ele ressalta que conseguiu implementar um projeto que compreende uma academia de ginástica gratuita na qual 150 pessoas estão matriculadas.
O espaço está localizado no Jardim Aero Itália – no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) Albino Coimbra – e o projeto é uma parceria entre UEMS e a SAS (Secretaria de Assistência Social) de Campo Grande, graças aos projetos de pesquisas aprovados via Fundect. A academia recebeu o nome “Sangue Bom” em homenagem ao presidente do Instituto que tem o mesmo nome, Carlos Alberto Rezende, 59 anos, conhecido como “professor Carlão” – que passou por um transplante de medula óssea há quase sete anos.
Rubens Uruê, UEMS
Foto: UEMS